29 junho 2006

Coisas de que já sinto falta #2

Expresso. Esta palavra ganha, por estas paragens, um novo significado, o significado da expressão mais nobre do café. Por aqui, se assim não for pedido, “expresso”, com sotaque franciú, é-nos trazido um “balde” de café de filtro daqueles onde se molha a bolachinha.

A receita é esta:
Entre 20 a 25 ml de água aquecida de entre 92 a 95º C que percorre a uma pressão que vai de 8 a 9 bares em cerca de 25 segundos 7 gramas de uma mistura de café finamente moída, que pode ser asiático, arábico, colombiano, brasileiro, são tomense, timorense, etc, etc, etc.

Podia ser mais fácil, mas também podia ser mais difícil de fazer um bom café...

4 comentários:

pedro disse...

Aqui o café é optimo! O melhor café que já bebi na vida foi em Hato Bilico, uma aldeia no soupé do Ramleau o ponto mais alto de Timor-Leste, acabadinho de fazer, de produção 100% timorense. Fui fazer o levantamento de um edificio na aldeia, e a meio da manhã as senhoras que por lá estavam resolveram fazer um cafezinho para os malais (o termo cá do sitio para os estrangeiros). Digo-te, que nunca um café me soube tão bem.

Continuando a falar de café foi aqui em Timor que tomei contacto com um outro tipo de café que é absolutamente uma maravilha. O engraçado deste café, e o que lhe dá valor e que está na base da sua raridade e preço elevado, é o modo como é produzido. Basicamente é tirado das caganitas de um passáro ou morcego (esta parte do animal escapou-me). Resumindo o bicho come o fruto do café, é digerido e no final a semente sai-lhe... digamos que por onde deve sair. A partir daí os dejectos dos bichinhos são recolhidos, tiradas as sementes, e é tratado e produzido o café. O resultado é optimo, mas é produzida uma quantidade muito baixa, transformando-o num produto muito raro e com preço muito, mas muito elevado! Aconselho!

Grande abraço e boas cafezadas!

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

:-) Há uns 4 ou 5 anos fui de férias a Orlando, e aconteceu-me algo parecido.
Sempre que pedia café... traziam-me um balde. Quando finalmente descobri um cafezinho com uma máquina e pedi um expresso, fui informada que era meramente decorativa :-(.

Somos uns expressodependentes!

Miguel R disse...

E brindemos aos expressodependentes!!!